Uso de antimicrobianos no Brasil: o que é importante saber?

28 julho 2023
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4 minutos

Os antimicrobianos são substâncias amplamente utilizadas no Brasil, com a intenção de promover a melhora na performance produtiva do animal, através de sua adição nos alimentos. Atualmente, quase todas as principais espécies da produção animal recebem dietas que apresentam antimicrobianos em sua composição. Sua função é prevenir o crescimento de determinados microrganismos que prejudiquem a saúde e o desenvolvimento dos animais.

Por Mayara Cavalcante, Coordenadora de Assuntos Regulatórios e Jéssica Coldebello, Analista de Assuntos Regulatórios na De Heus Brasil

Atualmente, há certa preocupação dos órgãos reguladores em relação aos impactos da resistência aos antimicrobianos, pois embora seu uso promova saúde e bem-estar aos animais, o seu uso inadequado pode ser prejudicial à saúde dos animais, bem como dos seres humanos. Sendo assim, é essencial compreender os impactos do uso de antimicrobianos na cadeia de produção animal.

A má administração dos antimicrobianos, como o uso em excesso, não respeitando as indicações de uso, além da falta de pesquisas comprovando o uso seguro das associações medicamentosas, são exemplos das preocupações das instituições regulamentadoras.

A resistência microbiana é a capacidade de um microrganismo (bactéria, fungo, vírus ou parasita) de se desenvolver na presença de um agente antimicrobiano. Consequentemente, os tratamentos se tornam ineficazes, aumentando, assim, o risco de agravamento da doença e de transmissão. A resistência adquirida pode ser combatida pelo uso racional dos antimicrobianos. É com este foco que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) vem atuando através de medidas, como:

(I)  estímulo de medidas   educativas   para   melhorar   a   conscientização   e   compreensão   sobre   a   resistência   aos   antimicrobianos;

(II)  fortalecimento do conhecimento por vigilância e pesquisa;

(III)  apoio às boas práticas de gerenciamento;

(IV)  capacitação técnica e incentivo à implementação de diretrizes internacionais;

(V)  regulamentação.

Através da regulamentação, o MAPA proibiu o uso de diversos antimicrobianos com a finalidade de aditivos melhoradores de desempenho utilizados na alimentação animal, sendo eles a avoparcina e as classes e/ou substâncias antimicrobianas anfenicóis, tetraciclinas, penicilinas, cefalosporinas, quinolonas, sulfonamidas, eritromicina, espiramicina, colistina e mais recentemente, a tilosina, lincomicina e tiamulina. Outras proibições estão sendo discutidas, podendo ser publicadas em breve.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), juntamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), elaboraram diversos materiais educativos para todos os setores relacionados à saúde animal, visando a promoção da conscientização do papel de todos os membros da sociedade na luta contra a resistência aos antimicrobianos.

Conheça os materiais elaborados pelo MAPA e órgãos competentes (clique aqui).

Neste cenário, estabelecer estratégias de manejo para assegurar não só a produtividade do sistema como também a saúde animal é fundamental. Através do programa Natural Power desenvolvido pela De Heus, é possível ajudar o produtor a alcançar o máximo potencial produtivo, bem como garantir o controle de doenças por meio do adequado equilíbrio entre nutrição, manejo, sanidade e biosseguridade, com o uso dos recursos certos.

A De Heus está pronta para atender às exigências do mercado, trazendo inovação e progresso para o setor de produção animal, sempre visando a sustentabilidade, qualidade e segurança.

Saiba mais sobre o programa Natural Power

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